Executivos Ricos, Acionistas Pobres: A Trágica Ópera das Bolsas
Dizem que o mercado de ações é um teatro. Eu discordo: teatro tem roteiro. O mercado, meus caros, é mais próximo de uma ópera improvisada, com heróis, vilões e, claro, vítimas inocentes – quase sempre, investidores minoritários que compraram ingressos esperando um espetáculo sério e acabaram assistindo a uma tragicomédia. Compartilho três fábulas, nada edificantes, que me lembraram disso. É uma ficção, e como toda boa ficção parece real. Fiquem comigo, o veneno vem refinado. Primeiro Ato: O Pet do Controlador Comecemos com a fábula de um visionário e cofundador de uma grande rede varejista que se dizia pet-friendly, cujo Executivo-chefe — também conhecido como CEO — resolveu vender uma parcela expressiva de suas ações, alegando “necessidade de liquidez pessoal”. Ah, a liquidez… A justificativa clássica para um CEO colocar milhões no bolso e deixar investidores com aquela expressão de quem perdeu o cachorro – literalmente, neste caso hipotético. É claro que o controlador pode vender aç...