Quando o Mercado Não Te Quer… e Você Insiste Mesmo Assim
Há dores que se repetem com a constância de um boleto vencido. Uma delas é amar o mercado quando ele não te devolve nem um mísero beijo de dividendo. E, como toda relação tóxica, a gente continua insistindo. Não porque gosta de sofrer — embora alguns de nós tenham uma quedinha masoquista por gráficos vermelhos —, mas porque acredita, piamente, que o tempo, esse velho cínico, vai nos dar razão. O problema é que o tempo também tem ações preferenciais. E raramente são as suas. Enquanto a vizinha da esquerda vende PETR4 no topo e posta “fiz o pix do aluguel com lucro da semana” e o rapaz da academia aposta tudo em fundo cambial porque ouviu alguém sussurrar “Selic vai cair” no banheiro do coworking, você está lá. Esperando. Não a virada de chave. Esperando a chave, mesmo. Ou pelo menos uma fresta de janela que permita seguir comprando boas empresas antes que o preço suba e estrague sua festa de reaportes. Investir com paciência, hoje, é como escrever cartas de amor no século XXI. Parece...