O Último Silêncio Antes do Pop-Up (e por que isso pode ajudar investidores?)
De todas as revoluções possíveis no século XXI — a digital, a genética, a climática e a das figurinhas animadas — talvez a mais urgente seja esta: reaprender a permanecer. Permanecer no parágrafo. Na ideia. Na frase que não entrega tudo de bandeja, mas exige um gole de tempo e dois de atenção. Permanecer mesmo quando o celular tilinta, o relógio vibra e o mundo sussurra que pensar demais é improdutivo. Porque ler — eu digo ler de verdade, com o fígado e não com a digital — virou, sim, um ato subversivo. E não falo aqui de decorar jargões de coach ou folhear livros coloridos com resumos prontos. Falo da leitura que desafia a pressa e espanca o algoritmo. Aquela que desorganiza certezas e, por isso mesmo, reorganiza o pensamento. Mas quem ainda lê assim? A Falência do Foco Parcelado Hoje, para ler um parágrafo inteiro, é preciso vencer uma maratona de estímulos: banners piscando, vídeos que prometem mudar sua vida em 14 segundos e alertas de promoções que nunca te promovem a nada a...